BÁRBARA FONTE

Pústula

de 8 a 30 de Julho e

de 1 a 10 de Setembro de 2021


Abertura dia 8 de Julho das 15h30 às 19h

Bárbara Fonte (1981) é a artista da quarta exposição da Galeria da Casa A. Molder.
Pústula é o título do vídeo, realizado para o espaço da Galeria, que dá o nome à exposição. Este vídeo, que começou com uma vontade da artista de “trazer o mundo rural (Bárbara Fonte tem o seu atelier em Paredes de Coura) ao centro da cidade”, depressa se transformou, como é habitual nos seus vídeos, numa narrativa pessoal em que o quotidiano de um corpo (sempre o da artista) vai desenvolvendo através de diversas acções, que lhe parecem ser inatas tal é a intimidade que sentimos entre o corpo e a câmara, a construção de um tempo.
Nestas acções, podemos distinguir a alegoria, os rituais religiosos, a desconstrução de imagens cinematográficas, o amor que a artista tem à pintura ocidental do final da Idade Média, a sensualidade, entre outros. O léxico visual de Bárbara Fonte é muito preciso; assim são os seus adereços, que ela mesmo constrói e com os quais convive no seu espaço de trabalho, uma espécie de gabinete de curiosidades. Eles são mantidos em pequenas vitrines, todas elas cheias de objectos inspiradores e poéticos.
Em Pústula, a solenidade nas acções filmadas de Bárbara Fonte é por vezes levada ao cómico, como faz um palhaço sério. Do acto solene jorra uma gargalhada. A gargalhada é libertadora, mas deixa-nos vulneráveis e revela a força da artista. Pode dizer-se que o trabalho de Bárbara Fonte vomita, enquanto arranca e vira do avesso a norma, para além de oferecer uma estranheza e uma crueza visual desconcertantes.
Assim são também os seus desenhos, apresentados nesta exposição, feitos a pincel com tinta-da-china sobre papel canson, onde bocas sorridentes se misturam com formas quase sempre orgânicas, onde vemos aquilo que queremos ou conseguimos ver: de úteros a ursinhos de peluche, naturezas mortas, vulvas, entre muitas outras coisas. Feitos a partir de memórias ou de pequenos modelos existentes, são de certo uma parte importante do trabalho desta artista, que tem o Desenho como disciplina central do seu trabalho, incluindo os seus vídeos e as suas fotografias.


Bárbara Fonte Press


A exposição estará aberta ao público durante a semana, no horário da tarde da Loja: das 15h30 às 19h, e aos fins-de-semana e Feriados por marcação. A entrada para a Galeria faz-se pela loja.


Covid-19
Obrigatório o uso de máscara e desinfecção das mãos à entrada da loja. O espaço da galeria está limitado a 3 pessoas.



Imagens da Exposição Pústula de Bárbara Fonte. Desenhos de dimesões variáveis, tinta-da-china sobre papel canson, 2021.

VídeoStills de Pústula, vídeo 16:9 (imagem digital), 1´21´´, Braga e Paredes de Coura, 2021. © Bárbara Fonte

RUI CHAFES

Início permanente

de 28 de Maio a 2 de Julho de 2021


Abertura dia 28 de Maio das 15h30 às 19h


Rui Chafes (1966) é o artista da terceira exposição da Galeria da Casa A. Molder.
Início permanente é o título da escultura em ferro que dá nome à exposição, e foi criada para o espaço da galeria. Segundo o artista, "Início permanente é o tempo em suspensão onde a vida e a não-vida, a morte e a não-morte, encontram a sua origem, o seu ponto de partida." 

A escultura em ferro jaz no chão de madeira, na penumbra. É a forma feminina da origem do mundo, mas é escura, pesada e não sabemos se traz com ela a vida. Pode ser um crânio putrefacto dentro duma armadura que brota da terra, tal como uma semente germinada, uns dias depois da batalha. Há a esperança que talvez seja um portal, uma sombra que nos leve para um outro mundo ou, melhor ainda, que nos traga de volta a este.
O trabalho de Rui Chafes é deste mundo. É de fogo e é em ferro. O escultor que trabalha em séries, que se prolongam no tempo, e vê as suas esculturas como sombras, acredita que a origem da arte foi a tensão entre o sagrado e o profano e que devemos saber qual o nosso destino na terra. Com Início permanente, traz-nos uma nova escultura e, assim, mais uma expansão da linguagem da arte.


Rui Chafes Press



A exposição estará aberta ao público durante a semana, no horário da tarde da Loja: das 15h30 às 19h, e aos fins-de-semana e Feriados por marcação. A entrada para a Galeria faz-se pela loja.


Covid-19
Obrigatório o uso de máscara e desinfecção das mãos à entrada da loja. O espaço da galeria está limitado a 3 pessoas.



Vistas da exposição Início permanente de Rui Chafes.

© Alcino Gonçalves


ANA CATARINA FRAGOSO

As Montanhas Por Entre Os Dedos

de 22 de Abril a 21 de Maio de 2021


Abertura dia 22 de Abril das 15h30 às 19h


 A segunda exposição da Galeria da Casa A. Molder traz-nos o trabalho de

Ana Catarina Fragoso (1984). Segundo a artista, “As Montanhas Por Entre Os Dedos” – o título da exposição – “é uma instalação de pintura idealizada para o espaço da Galeria da Casa A. Molder. É um movimento entre duas paisagens dunares, onde é dia e quase de noite e caminhamos do mar para a terra.”
 Há um confronto nestas paisagens, uma de areia, outra com vegetação, em dois momentos muito particulares no tempo, o dia pleno e a incandescência do cair na noite. A luz do dia que cega e o entrar na penumbra que, ao invés de cegar, nos leva a ver, por um momento escasso, um turbilhão de cores e memórias. É um confronto entre a aridez e a abundância, entre o metal e o papel. Sendo que a aridez moldável da representação das montanhas de areia, erótica, naquela luz plena, fixada na solidez do metal, nos pode levar a vaguear. Já a abundância da luz que se extingue, fixada na leveza do papel, é um espectáculo que nos obriga a permanecer ali.
 São pinturas, são representações de paisagens escolhidas por Ana Catarina Fragoso. A artista encontra os seus modelos nos passeios que faz com a sua máquina fotográfica e com esse mesmo intuito. Depois, num ecrã luminoso, os seus dedos ampliam essas mesmas paisagens, até ao encontro de cores imperceptíveis a olho nu e destreinado. Pintadas no chão, com acrílico, na horizontal, uma sobre metal e outra sobre papel, estas pinturas inéditas encontram aqui, no espaço da galeria da Casa A. Molder, e na sua posição final, vertical, um confronto e uma nova convivência com o nosso corpo e com o nosso olhar.

Ana Catarina Fragoso Press


A exposição estará aberta ao público durante a semana, no horário da tarde da Loja: das 15h30 às 19h, e aos fins-de-semana e Feriados por marcação. A entrada para a Galeria faz-se pela loja.


Covid-19
Obrigatório o uso de máscara e desinfecção das mãos à entrada da loja. O espaço da galeria está limitado a 3 pessoas.



Vistas da exposição As Montanhas Por Entre Os Dedos de Ana Catarina Fragoso.

© Daniel Malhão

GUSTAVO SUMPTA

Luto

de 19 de Novembro de 2020

a 8 de Janeiro de 2021


Abertura dia 19 de Novembro das 15h30 às 19h


A Galeria da Casa A. Molder inaugura com a exposição Luto de Gustavo Sumpta (1970).
Luto é o título da escultura efémera que foi realizada especialmente para as salas da Galeria da Casa A. Molder e que dá o título à exposição. A escultura envolve e limita o espaço, propondo uma interacção atenta com o espectador. Nas palavras do artista, que usa frequentemente como material das suas esculturas fita de cassetes de VHS, um material de registo magnético obsoleto: “Esta escultura é apresentada como se do resíduo de uma performance se tratasse. Elogia-se o movimento contínuo e repetido. Aqui o Luto é a metamorfose do pranto”.

Gustavo Sumpta Press


A exposição estará aberta ao público durante a semana, no horário da tarde da Loja: das 15h30 às 19h, e aos fins-de-semana e Feriados por marcação. A entrada para a Galeria faz-se pela loja.


Covid-19
Obrigatório o uso de máscara e desinfecção das mãos à entrada da loja. O espaço da galeria está limitado a 3 pessoas.




Vistas da exposição Luto de Gustavo Sumpta, de dia e de noite.

Luto - escultura efémera, fitas de VHS e câmaras de ar.

© Adriana Molder